Daquela janela,
que raramente eu escolhia,
eu via e ouvia
a cascata de pedras,
por onde se estendia
a luz colorida das margaridas-do-cabo.
E, naquele instante,
não mais eu queria
além de um tempo parado,
já agora, também, um espaço iluminado,
para que eu, já de mim sombria,
pudesse festejar a ausência de sombra
que, de noite e de dia,
teimosa me segue
para todo o lado.
BL
26.04.22
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