Ausentes de caminhos
os teus passos atravessam
o texto.
O teu rosto
opaco
sedento de palavras
cúmplices
que te desenhem planícies
que ainda existam.
Dói te o silêncio
confuso
que te desarticula o
tempo.
Tudo se reduz a um espaço
vazio
que se alastra e adensa
e corrói um sussurro
sequer
que te traga uma estrela
uma árvore um rio.
Há um inverno
que se atravessa no
texto.
E os meus olhos embaciam de sal as palavras.
Porque me queima o
silêncio
de uma estrela de uma
árvore de um rio.
B.
06.01.19
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