Mas leio ainda nos teus
olhos
sílabas feitas de
renúncias. Como se uma
dor indizível ondeasse
sob o vento da tarde.
E falas das sombras. E
traças os riscos das solidões
a proclamarem o
irremediável.
Sem verdades definitivas
recolhes nos dedos
trémulos
os sinais ilusórios
que te chegam do outro
lado do espelho.
Sobes à montanha
e reinventas destinos
a casa
a ideia.
Ardem-te mil rostos
em pedacinhos de
claridade
a acompanharem-te como
sombras.
Mas recusas os vultos e
as vozes
num espaço de névoa que
deixas
parado no tempo.
BL
16.04.18
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