Certos dias concentro-me
num ponto final.
Início e fim da linha
onde a eternidade se
anuncia.
Tudo é efémero e chão.
Quase vão.
O sol queima o tempo em
que a luz se move
e resiste aos lamentos da
cidade.
As sombras antecipam a
orla do futuro
e avisam-me do
envelhecimento das respostas.
Certos dias anunciam
janelas abandonadas
e eu sigo a memória das
palavras
em que os silêncios persistem.
BL
16.11.17
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