Perdeu-se
de vista quando
abandonou
os olhos na direção
da
sabedoria dos deuses.
À
sua volta nomes estranhos
segredavam-lhe
medos. E ela
concha
e tempestade
revolvia
as manhãs na ilusão da luz
enquanto
estendia pontes
e
aprendia a decifrar a linguagem
dos
muros.
A
alma a parar num tempo feito de alvoradas
que
entravam
sem
baterem à porta.
Deixava
que as vozes se alongassem
quando
as horas se pronunciavam mais densas.
Atónita
e deslumbrada
sorveu
de um só trago a inocência de maio
em
intermitências de um
azul envergonhado
e
chuva miudinha
num
dia inteiro vestido de cinzento carregado
em
queda para a trovoada.
Vida sem dias melhores.
Nem palavras a voarem andorinhas.
BL
01.04.17
Sem comentários:
Enviar um comentário