Aqui,
onde os declives se desvendam
e os dedos se estendem em réstias de luz
para dentro da terra,
e os dedos se estendem em réstias de luz
para dentro da terra,
[ em desassossego de vozes e sementes ]
e os teus olhos me aquietam na solidão
dos rios que gemem
sob as águas paradas,
aqui me reconheço sede, a soletrar as aves
que envelhecem,
ponteiros mortos de um tempo
atravessado de luz tardia, em que os horizontes
se confundem e se habita pela metade
os nomes dos dias,
na orla de tudo
[ ou de nada ]
onde a viagem irreversível se inicia.
BL
Olhar para o princípio do declive é parar a meio. A viagem vale pelo todo, Brígida, cada partícula é parte integrante para ser vivida até ao fim.
ResponderEliminar(Gosto da sua poesia, oh se gosto!)
Um beijinho :)