O lápis
a repousar
na
distância.
Na
brancura do lugar
ou na
limpidez da voz.
Há
palavras que se movem
nas
paredes
e
guardam os dias em que acreditei
no
perfil eterno do mar.
Sei que
não devo pensar
nas
raízes da árvore antiga
ou no
silêncio
do lume
inteiro no inverno.
Mantenho-me
à tona de mim
pronta
para a floração
dos
barcos que partiram
entregue
à claridade mansa
que
rodeia as águas que correm.
BL
Excelente poema, amiga. Se as águas continuam a correr pela limpidez da voz, que mais acrescentar?
ResponderEliminarBeijo.
Improváveis somos todos nós
ResponderEliminarum rio com duas margens
firmes na espuma das águas
quando um belo barco passa
à sombra das pontes
por uma nesga de sol
Bj
Lindo! lembrei de um trecho da música de Caetano: Terceira margem do rio
ResponderEliminarA Água da palavra
Água calada, pura
Água da palavra
Água de rosa dura
Proa da palavra
Duro silêncio, nosso pai