O céu como temporal
sobre o atrito da rua lenta
enquanto escondo o frio
nas mãos
e aqueço as aves
nas palavras.
sobre o atrito da rua lenta
enquanto escondo o frio
nas mãos
e aqueço as aves
nas palavras.
Todos os dias o sol
a nascer
e eu, ao canto da sombra,
a nascer
e eu, ao canto da sombra,
[viagem adiada]
mudez estranha retraída na
obscuridade
dos olhos.
dos olhos.
Talvez me aguarde o tempo
de transcender numa metáfora
a trajetória
de um corpo quebrado, ofegante
depurado na dimensão triangular
da claridade
de transcender numa metáfora
a trajetória
de um corpo quebrado, ofegante
depurado na dimensão triangular
da claridade
e aceitar como um incêndio as águas
que caem
por dentro do silêncio espesso
de vozes mutiladas.
por dentro do silêncio espesso
de vozes mutiladas.
Hei de, quem sabe, regressar à
memória de Deus
lugar e tempo
que me dói, e que me dói, na chama
que se apaga na sala
e, secretamente insubmissa, me reclama
árvore, pássaro, alma, apenas
lugar e tempo
que me dói, e que me dói, na chama
que se apaga na sala
e, secretamente insubmissa, me reclama
árvore, pássaro, alma, apenas
seja na ilusão de urgentes nuvens
incandescentes
ou na espera incerta da projeção da luz
como imagem da casa.
ou na espera incerta da projeção da luz
como imagem da casa.
BL
Belos retratos
ResponderEliminarexpostos
nas paredes da casa
Bj
O que nos envolve, janela bipolar de anseios e deveres...
ResponderEliminarSempre tão intensa, Brígida!
Beijo :)