às vezes sobram-me espaços
entre a voz e o interior da luz
o corpo
indizível
entre musgos e espigas
e as mãos
imóveis
caídas ao longo do sonho
depois
a entrada do olhar
na anestesia dos rios
e a nudez da memória
em queda
cativa da noite
e das marés do tempo áspero
singrando esperas
no silêncio das aves.
BL
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEntre musgos e espigas, que a alma seja o que o corpo não diz, e permaneça, haste redentora, capaz de rasgar a escuridão das nuvens e de plantar o sonho em qualquer espaço.
ResponderEliminarA tua poesia chega sempre tão perto do indizível... sempre tão perto, Brígida.
Um beijinho
Teus versos são sempre muito mais do que palavras
ResponderEliminar(qualidade rara, que é traço de qualidade)
são mundos sobre mundos onde me encontro
Talvez porque
também a mim
"às vezes sobram-me espaços
entre a voz e o interior da luz"
Tua poesia exige ser sentida
num quase silêncio
numa quase voz
"o corpo
indizível
entre musgos e espigas
e as mãos
imóveis
caídas ao longo do sonho"
Ler-te é irrecusável
Um imenso e crescente prazer
"Sem espaços"
Gostei Muito
Bjo.
Gosto desta fusão do sonho com a realidade, do mito com a ilusão.
ResponderEliminarUm bom ano.
Vozes ao alto
ResponderEliminarQuerida Brígida,
ResponderEliminarEntre os espaços da minha emoção,as palavras vão surgindo,
carregadas de um silêncio contemplativo da tua imensa poesia...
"As vezes sobram-me espaços
entre a voz e o interior da luz"
Espaços inscritos em pura poesia,espelhados da voz e melodia do
brilho luz dos voos da alma da poetisa,trazidos nas asas dos
sonhos que semeiam a realidade...
A tua ímpar poesia sempre me emociona!
Feliz ano novo!!
Beijinhos.
Lindíssimo!
ResponderEliminarBeijinho
Sobram espaços, sobram sonhos
ResponderEliminarSobra a alma, apegada ás memórias
Gosto muito, muito, da tua poesia.
Beijo
Que bom que a encontrei (de novo)
ResponderEliminare que não a perdi
mas ganhei novamente o gosto da sua brilhante e sentida
POESIA
Um beijinho Brígida,
Tudo de bom,
Jessica Neves *