Hoje
pedia somente a doçura
inquieta dos pássaros
como quem mendiga ao vento
o abrigo esquivo de uma melodia
a carícia de penas que desliza
etérea
pela bruma espessa da manhã.
Queria que o céu
na sua vastidão
[ de indiferença ]
derramasse pétalas em cascatas
[ fragmentos de lembranças ]
a dançarem ao toque imperecível
do tempo.
Que um acorde
[ áspero
ou frágil ]
dissolvesse as arestas do silêncio
[ abismo a devorar a alma ]
e fosse bálsamo
para as feridas ocultas
um murmúrio que cura
e desperta
uma esperança que voa
a arder
na imensidão.
BL
01.05.25
Sem comentários:
Enviar um comentário