sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

A lucidez do azul

 




Falaste-me do cansaço da pedra
das escadas de neblina magoada
e triste
da árvore a tombar
lentamente em janelas
de solidão.

Preciso lembrar-te
a sede da pele
a renovação dos pássaros
um fio de luz
em nuvens suspensas da manhã.

Não rasgues os alinhavos
da memória
não apagues os diálogos
do tempo.

Há de um voo pousar no poema
e acertar a lucidez do azul
sobre a cegueira do silêncio.



BL

10.01.25
















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