Embebo-me de claridade
e construtores de sonhos os meus dedos
tateiam
persistentes
os mares de prata da lua.
A manhã ondeia
e a nudez do céu flutua
em etéreos véus de seda branca.
O tempo vai
o tempo vem
desenha círculos de melancolia
recolhendo aves que o vento fustiga.
Cresce o torpor da neblina
adensa-se a prostração do dia
e de asas defraudadas os meus olhos
vagueiam nos umbrais de um rio
onde definha a fugitiva sombra
de uma sonâmbula
impossibilidade.
BL
02.04.11
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