Chegamos
a um tempo curto que se alonga
em
sentido inverso.
Tudo
o que acontece parece
ter
já acontecido
mesmo
o que acontece pela primeira vez.
Os
olhos a recuarem
assombrados
com a voz de março
no
ar que se respira. Amanhã anunciarão a flor
enquanto
o poema se abre
na
inocência dos pássaros.
Antes
da mutilação da metáfora.
BL
18.03.17