O que
aos poucos vais deixando cair
sob o
peso dos meios-termos
dos
meios-tons
das
meias-horas
num fio
entrelaçado de um silêncio maleável
e o
tempo a toda a volta
onde
resiste
uma
serena coreografia de formas brancas.
Um mapa
a
prender a luz que ainda existe
nos teus
dias dispersos.
Um
abrigo de vultos
a
transportarem a eternidade
viagem
invisível aos lugares mais profundos
suspensos
de um tudo ou de um nada
que
principiam no eco das palavras.
As
palavras. Voz e sede das mãos
quando a
vida é um pretérito
a preto
e branco.
BL
25.06.15