Podemos romper paredes
trazer para dentro de casa
um rosto pele de musgo
sob a folhagem de um tempo ambíguo.
Esfregamos as pálpebras
a diluir nas nuvens
o que, na lucidez dos ciclos, poderia ter sido.
Não sei se nas paredes
se desdobram os ecos
ou ponteiros de relógios invisíveis.
As árvores dançam ao fundo da noite
e nem o doce brilho de dezembro
confunde a solidão que as habita.
BL
Na verdade em sítios de difícil acesso
ResponderEliminarnunca isolados
Brígida, obrigado pelas palavras que esculpe, libertando voos que dão mais sentido às coisas.
ResponderEliminarDesejo-lhe um Natal Renovado!
Beijo :)
Mas como contornar o rebordo do verso?
ResponderEliminar"Podemos romper paredes
trazer para dentro de casa
um rosto pele de musgo
sob a folhagem de um tempo ambíguo."
(excelente este trecho)
Um prazer te ler sempre
Bjo.