Partilhamos solidões. Saímos
pela neblina das manhãs
na memória dos rumos
que nos transportam ao coração do silêncio.
Entrelaçamos cidades
sentados na orla das imagens
que atravessam as raízes do ventre da casa.
Como se dobássemos o fio do tempo
para alimento das palavras
que enchem os olhos de verdade
quando sopros de saudade se encontram
face a face
por dentro.
Cercamo-nos da luz desprevenida
dos poentes
com os olhos a rasgarem
a convulsão dos longes
em que as horas vão gotejando.
BL
Os olhos também mentem
ResponderEliminarpoeta
Já vi um cego chorar
lágrimas vivas
Também acho que os olhos tb mentem.
EliminarBeijos!!!!
Dentro do coração do silêncio, não há nenhuma verdade que não tenha sido já nomeada.
ResponderEliminarPartilhamos solidões, sim. Por isso escrevemos outubro, e rasgamos o ventre das palavras.
Um beijinho grande, Brigída.
( volto, sem nunca ter ido embora)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarA luz (não fosse fragmentada) é sempre surpreendente
ResponderEliminarquando entre o verso surge como palavra nas entrelinhas
"Partilhamos solidões. Saímos
pela neblina das manhãs
na memória dos rumos"
Bjo.
Quanta ternura vazando de suas palavras e escapando para os olhos do leitor.
ResponderEliminarParabéns. Está belíssimo!
ResponderEliminarQuando se partilham solidões, elas desaparecem!
ResponderEliminarBeijinhos Marianos! :)