Suspendo os olhos num tempo
resgatado
para que possa redimir as pedras atravessadas
por sombras e imagens indecifráveis.
E deixo que a noite se abra em silêncio
como um rio que procura o mar escondido
entre raízes que guardam memórias
de passos que nunca cessaram.
O vento ergue-se em vozes antigas
tecendo caminhos de pó e claridade
onde a esperança repousa intacta
na chama secreta do horizonte.
BL
05.11.25