Um refúgio
à margem
do silêncio.
Mais de água
do que de pedra.
Que molde
dissolva
transporte.
Talvez uma busca
pelo coração secreto
da casa primordial.
Um rio fluido
que não escape entre os dedos.
Beleza líquida
feita de vento e memória
neste lado do tempo.
Um reencontro de palavras
pele
e sal
como quem guarda um frasco de mar
à espera da próxima onda.
BL
01.07.25