Entre os ecos perdidos nas paredes
raízes encontram brechas na pedra
e uma flor encontra o caminho da luz.
Aqui
onde o mundo desacelera
o tempo cruza ramos distantes
e o vento é sílaba insubmissa
a desenhar na pele murmúrios de silêncio.
As árvores revelam histórias antigas
na força nova onde as aves fazem morada
e a voz que busca a palavra
escreve o poema
no brilho discreto das coisas que passam.
BL
05.04.25