domingo, 21 de maio de 2023

E o teu silêncio a flutuar-me na pele

 






Ao fundo dos teus olhos

a melodia azul

a adivinhar a cor

que se abre na manhã.


Sustenho-me

frágil raiz de onde o teu corpo se alonga


[ prematura ausência ]


Espero-te

num círculo de vozes vagas

e mãos inquietas

despidas de sombra.


Existem tantas perguntas

na seara que se estende

na sede do poema.


Como saberei iludir

os gemidos das memórias?


E o teu silêncio

a flutuar-me na pele.



BL

18.04.2013