Ao fundo dos teus olhos
a melodia azul
a adivinhar a cor
que se abre na manhã.
Sustenho-me
frágil raiz de onde o teu corpo se alonga
[ prematura ausência ]
Espero-te
num círculo de vozes vagas
e mãos inquietas
despidas de sombra.
Existem tantas perguntas
na seara que se estende
na sede do poema.
Como saberei iludir
os gemidos das memórias?
E o teu silêncio
a flutuar-me na pele.
BL
18.04.2013