quarta-feira, 12 de novembro de 2025

O peso de passos invisíveis

 


 




A memória

ergue-se em muros quebrados


onde o musgo escreve nomes esquecidos.

 

Vozes antigas repousam em pedras que guardam

o peso de passos invisíveis.


Como se o gesto tivesse parado

a meio do tempo.

 

Entre as fendas

cresce um silêncio denso


feito de pó

e de sombra.


Um silêncio que respira

como se fosse vivo.

 

Há um espelho partido

reflexos perdidos
onde o passado insiste em permanecer.

 

 

 

 

BL

12.11.25





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